Para Reflexão:

"Parece que as reformas educacionais servem para pôr em cima dos ombros dos professores o que se retira dos ombros dos alunos e das famílias." (Compayré)

domingo, 13 de junho de 2010

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Plano de carreira dos ADMINISTRADORES públicos!

Prof. Manoel Jorge Barreto Costa

Os professores de Mata de São João estão vivendo uma fase muito difícil graças a uma política salarial de arrocho implantada pela atual administração. O salário dos professores foi transformado em abono por desempenho, seguindo uma lógica perversa e neo-liberal da iniciativa privada onde o que importa é a produção e o lucro e não o trabalhador. Se, por ventura, um professor que já venha trabalhando a mais de 20 anos no serviço público precise se afastar da sala de aula por problemas de saúde, por exemplo, ele vai ganhar o mesmo salário que um iniciante, sem vantagem nenhuma. Essa lógica vai de encontro à lógica do bem estar social. Professores do ensino fundamental I estão ganhando salário mínimo. Isso nunca ocorreu em administrações anteriores. Os professores de nível I sempre ganharam acima do salário mínimo. E os professores de nível IV estão cada vez mais se aproximando de ganhar, também, o mínimo como base. Isso é uma vergonha. O governo federal tem mandado verba suficiente para pagar bem aos professores, a exemplo do que entrou no município no mês abril de 2010, a quantia de R$ 1.623,348,42, e o que vemos são os professores de Mata de São João ganhando menos que todos os outros professores dos municípios da Região Metropolitana. Até os professores de Itanagra, município que tem uma renda bem menor, ganham melhor do que os professores de Mata. Será que a prática de “conter” gastos tem que atingir só os salários dos professores? Por que não atinge o salário dos secretários da administração pública municipal, que recebem R$ 8.700,00 mensais? O salário do professor não chega a 10% do que ganha um secretário!
Diante de tudo isso, o que concluímos é que o professor de Mata de São João precisa, com urgência de um plano de carreira decente, que o proteja de verdade, pois aquilo que foi promulgado em outubro de 2003, que chamam de Estatuto de Plano de Carreira do Magistério é uma vergonha. Foi feito para beneficiar a Administração Pública e não professores. Um plano de carreira confeccionado sem a participação da classe mais interessada, os professores. É uma lei que fala de muita coisa, menos da carreira do Professor. O grande desafio é fazermos, com urgência, uma reformulação do Plano de Carreira do magistério para que assim os administradores passem a respeitar os profissionais em educação e não fiquem impondo salários baixos a seu bel-prazer.

Um comentário:

  1. Muito bem companheiro Manoel precisamos tambem criar outras frente de batalha ou seja de outras classes mais ainda falta corragem por parte de nossos colegas de empresa mais com em Deus que um dia vamos chegar lá.(Natanael Filho)

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